Os sinos dos templos na Índia invariavelmente são uma combinação de vários metais e é a proporção de cada um deles misturado à liga que determinará um som distinto. Acredita-se que o som dos sinos são capazes de harmonizar os dois hemisférios do cérebro. Sinos produzem sons afinados, duradouros, que duram pelo menos sete segundos no modo eco, o suficiente para repercutir os centros de cura ou chakras no corpo humano. Da mesma forma que o som do sino nos prepara para entrar no templo, também o som dos ghungroos no prepara para melhor saborear e participar de uma apresentação de dança indiana.
Sinos atados aos tornozelos de dançarinos que percutem os pés no chão, também desempenham um papel importante na ritualística de uma apresentação tradicional de dança indiana. Sinos ou ghungroos como comumente são chamados, executam intrincados padrões rítmicos criando efeitos sonoros complexos, enquanto os pés desenvolvem um diálogo percussivo com a Mãe Terra. A beleza desse ‘diálogo rítmico’ entre os pés e a terra (Bhūmi – Mãe Terra), produzem um estado de encantamento, sutilizam o estado de consciência e criam um efeito etérico, celestial. Aquietam a mente e provocam um estado de ‘receptividade’. Agem quase como um antídoto para uma mente inquieta, agitada e dispersiva.
O jogo rítmico entre o instrumento de percussão da dança, os pés do dançarino-ator e o som e vibração dos ghungroos, é dito atrair os aspectos\frequências divinas como aquelas representadas pelas imagens de músicos (Gandharvas) e dançarinas celestiais (Apsarā), de sabedoria (Sarasvatī) e abundância (Lakṣmī).