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Tudo o que normalmente conhecemos e expressamos pertence à esfera da impermanência, à esfera do tempo e do espaço. E a grande façanha do pensamento indiano foi a revelação do Eu (Atman), como entidade atemporal e independente e de um princípio divino, que a tudo anima. O conhecimento desta entidade individual que podemos chamar de Atman, ou Eu superior, interior ou alma individual, tem em contrapartida um veículo físico, temporal e por isso sujeito a mutabilidade da matéria.

E a exemplo das artes, o corpo físico pode servir de instrumento para um “reencontro, um compartilhamento e união” entre o eu individual e o princípio divino, o que na Índia é sinônimo de YOGA.

Um compartilhar da experiência estética e espiritualidade nas tradições artísticas e clássicas da Índia.
Uma entrevista com Silvana Duarte. Produção Juliana Terra e Ubiratã Trindade.
SP Escola de Teatro. Junho 2012.

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