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Na dança Odissi cada parte do corpo do dançarino move de forma diferente. Os olhos, o pescoço, os braços e pernas, o torso, as mãos com dedos em diferentes posições (mudras), quando combinados em uma dada posição, criam movimentos elaborados, esculturais, liricos. Veja no vídeo como isso acontece no basic steps – 5º tribhanga.

O tribhanga ou tripla flexão é realizada com os pés em uma posição específica (tribhanga pada), veja na foto abaixo. A primeira flexão é a dos joelhos, a segunda o deslocamento do torso e a terceira flexão é realizada com a inclinação da cabeça. O peso do corpo deve estar descansando na perna de base. Tribhanga, conceito hindu de iconografia, revela uma qualidade escultural, feminina, assimétrica e graciosa. Ganha vida e vitalidade com o movimento do torso (caixa torácica) que transita ocupando o tempo entre as batidas dos pés.

Até aqui falamos de técnica, mas dançar sabemos que vai muito, muito além de se ter controle técnico. Bem verdade, começamos a aprender dançar, quando não estamos mais refém da ansiedade de controlar tecnicamente o corpo, mas sim de apenas e somente estar presente no prazer e aventura que é, de a cada dia encontrar-se diferente do outro, e reaprender com o novo. É um mergulho na “arte de se descobrir” em cada gesto, em cada intenção, de observar em muitos e em tantos lugares que a mente inquieta nos coloca ou … apenas abandonar-se naquele inebriante lugar onde apenas o coração pulsa, fala e a mente silencia. Esse é o melhor lugar para se estar e para se dançar! Adoro a fala do sábio Bharata no tratado da dramaturgia (Natya Shastra – Séc. II a.C.) quando bem diz e é tão verdade: “A arte é uma educação sob o manto de um grande prazer”.

Texto: Silvana Duarte
Foto:
Vídeo e edição: Vinícios Duarte

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